08 novembro 2010

TL em Candiba!

É bonita ou não é?

No domingo participamos mais um dos passeios promovidos pelo Clube do Carro Antigo de Guanambi. A cidade escolhida foi Candiba. Uma cidade limpa e bem organizada.

TL 1974 e seu dono (Por sorte, sou eu!).

Saimos de Guanambi às 9h25min, com duas Rural, quatro Jipe, duas Brasília e um TL. O quinto jipe, totalizando os dez carros do evento, uniu-se ao grupo já em Candiba.

TL na concentração, em Guanambi.

Sentimos um pouco a ausência do pessoal de Urandi, que havia confirmado presença, e do amigo Dr. Neto - que mora em Candiba e sempre nos prestigia com sua participação - que não puderam levar seus carros.

Jipão de Chiquinho.

Um dos ilustres escondidos que apareceu neste passeio foi o jipão amarelo de Chiquinho. Salvo engano, sua última aparição havia ocorrido no II Encontro de Antigos de Guanambi, em 2008!

Dupla amarela no Passeio a candiba.

E pra quem acha que o encontro foi exclusivo para carros amarelos, vale uma visita ao Blog Oficial do clube do Carro Antigo de Guanambi (link aqui).

06 novembro 2010

Cavaleiro da Ordem da Sabedoria e da Aprendizagem



Ao regressar do passeio realizado à SC e RS, um envelope especial me aguardava: um comunicado do Principado de Hutt River - uma província Australiana que há 40 anos luta pela independência - sobre concessão do título honorífico Cavaleiro da Ordem da Sabedoria e Aprendizagem (sigla KOWL).

Quanto ao galardão, fiquei muito feliz. Os títulos concedidos pelo The Royal College of Heraldry obedecem o critério de mérito e são avaliados por indicação indireta. Ou seja, o cidadão pretendente não pode candidatar-se, mas deve ser indicado por alguma instituição. Ainda, o título - em seu grau e ordem - são escolhidos pela RCH sem interferência alheia.

Quanto à história de Hutt River, trata-se de uma província que reclama independência desde 1970. Uma luta sem armas, na qual inúmeros progressos já foram obtidos. Foi por este histórico que conheci Hutt River, pois defendo a auto-determinação dos povos em todas as circunstâncias. Assim, sou favorável à independência de Québec, da Catalunha, e de inúmeros outros povos espalhados pelo mundo. Acredito que um Estado pequeno possui maiores possibilidades de progresso do que uma nação gigantesca.

Defendo, ainda, a criação de outros estados brasileiros, pelo mesmo motivo. Acompanhei os recentes processos de criação dos Estados do Maranhão do Sul, Tapajós, que resultaram em veto vergonhoso. Não posso aceitar manobras políticas que visam o benefício de políticos, em detrimento do desejo popular expresso em plebiscito. Espero que as novas solicitações tenham resultado mais promissor.

Bom, vou parar por aqui, pois o início feliz do tópico começou a ficar mais sério.

Felicidades a todos!

04 novembro 2010

Brasão, DVD e livro

Brasão da cidade de São Francisco do Sul, aprovado em 1967.

Essa recente jornada que realizei em Santa Catarina teve como propósito a entrega do Brasão Municipal restaurado - uma vez que o atual possui imperfeições heráldicas - ao município onde nasci e também a doação de DVDs de um curta-metragem chamado 'Era uma vez um índio Carijó' para as escolas públicas municipais.

O brasão foi restaurado de acordo com as regras da heráldica. O processo de correção e adequação do desenho ao texto levou aproximadamente dois meses e foi realizado em parceria com o Atelier Heráldico, que deu todo o suporte técnico à empreitada. A previsão é de que o brasão seja oficializado no aniversário da cidade, em abril de 2012.



No dia seguinte à audiência com o Secretário de Governo da Prefeitura de São Francisco do Sul tive o privilégio de entregar o curta-metragem 'Era uma vez um índio Carijó' à Secretaria Municipal de Educação. O DVD conta a história - conhecida por todos da cidade - da viagem de Binot Paumier de Gonneville, realizada em 1504 e que resultou no contato ds franceses com os índios que habitavam a ilha de São Francisco do Sul naquela época. Ao partir rumo à França, após 6 meses de permanência na ilha, a tripulação do L'Espoir levou con sigoo filho do cacique Arosca, que jamais retornou à sua terra natal.



Essa expedição, tida como lenda por alguns, foi escrita pelo próprio comandante Gonneville em 1505. No século XIX, uma editora francesa publicou seus relatos, que foram periodicamente reeditados. Um exemplar dessa nova safra foi adquirido pela Regencial Ordem da Ilha de São Francisco do Sul, que também foi a financiadora da restauração do brasão e da entrega dos DVDs para as escolas municipais.



Ao final de tudo, ainda restou tempo para um passeio ao Museu do Mar, onde encontrei um excelente livro, de conteúdo técnico-histórico (foto acima). Mais um documento para rechear a pesquisa de qualquer interessado na Ilha e na sua história.

Quem chegou a este tópico do blog e não entende o que aconteceu até aqui pode visitar a sequência de posts relacionados à viagem realizada para Santa catarina e Rio Grande do Sul:

- Passeio SC-RS: Introdução
- Aldeia Indígena de Morro Alto
- A Fabulosa Ilha de São Francisco do Sul
- Encontro de 15 anos de ATM

03 novembro 2010

Encontro de 15 anos de ATM

Colegas de ATM.

Outro compromisso dessa jornada SC-RS foi o encontro de minha turma médica, em comemoração aos 15 anos de formatura. Parece que foi ontem que entramos todos, entre 18 e 20 anos, na ATM95 da PUCRS. Hoje, cada um com sua família e trabalhando na sua especialidade. Uma conquista individual que nos enche de orgulho.

Gustavo e seu iPod, sob os olhares de André e Adilson.

O encontro ocorreu no Restaurante Tirol, em Porto Alegre. O ambiente estava bastante descontraído, ainda que o número de presentes foi menor do que em encontros anteriores. Bate-papo informal, gargalhadas e muita coisa pra conversar.

A eterna líder de turma Ioná organizou tudo e ainda nos brindou com champagne, tudo em nome dos nossos 15 anos.

Dentre os presentes, destaque para Karin e Evandro, que representam o grupo que saiu do RS em busca da realização pessoal. O pequeno grupo de 'dissidentes' contava ainda com a presença de Daniela Belia e eu, ambos morando em outro Estado.

Os internacionais Karin e Evandro.

Por fim, vivemos momentos de muita alegria neste encnotro de 15 anos. Espero que possamos comemorar com mais frequência e com maior número de participantes nossos próximos encontros!

A fabulosa ilha de São Francisco do Sul

Vista panorâmica dos Paulas.

Nos três dias em que circulei pela Ilha pude constatar a evolução na estrutura da cidade, com muitas construções e pavimentação de ruas. Há 13 anos distante, as melhorias saltaram aos olhos logo na chegada.

Curioso que não acertei a casa de nenhum dos parentes. Visitei 6 casas distintas, e nenhuma foi localizada na primeira tentativa, dada a mudança no visual provocada pelas múltiplas reformas e construções.

Hospital de Caridade.

Da casa dos tios Cosme e Rute, onde fiquei nessa estada em São Chico, tive uma bela vista do Hospital de Caridade. Quando era criança, ele tinha as cores branco e amarelo e era o lugar que sonhava trabalhar. Doces sonhos de criança...





O centro da cidade está esplendidamente bem cuidado, como se vê nas fotos acima. Na Praia dos Paulas/Ingleses, a vida dos pescadores se reflete na tranquilidade do ambiente. Nas fotos abaixo, a vista do mar repleto de barcos e um prédio imitando um farol. Lindas imagens.



Aldeia Indígena de Morro Alto

Vista geral da aldeia.
Poucos dias antes de dar início à viagem e ao longo roteiro a ser seguido, soube da existência da Aldeia Indígena de Morro Alto, criada em 2009 para preservar os índios guaranis do subtipo Mbyá.

A região fora habitada por Carijós, um subtipo da raça guarani. Em algumas fontes, dizem que os carijós são uma mistura dos guaranis com o europeu, mas outros dizem que o carijó é claramente um subtipo do guarani. Não sei qual das duas afirmações é a mais correta, sinceramente. O que sei é que se afirmamos que o carijó é uma mistura do índio nativo com o europeu, então não podems afirmar que o carijó está extinto.

Crianças da aldeia apreciando o horizonte.
A Aldeia possui uma estrutura que lembra uma pequena vila. São várias casas de madeira, construidas da mesma forma que outras tantas presentes nos bairros da cidade. Na casa principal, vi uma lavadora de roupas e parabólica (foto abaixo).

contato com a tecnologia.
Durante toda a nossa permanência na aldeia recebemos a atenção do cacique Adriano, que comentou pertencer a uma longa geração que ocupa a região há décadas. Seu avô - que permanece na Aldeia - presenciou a chegada dos trilhos da linha ferroviára a São Francisco do Sul, na década de 30.

Cacique Adriano.

Ao visitar a Aldeia, alguns pensamentos me invadem. Um deles me faz pensar que a política indigenista é falha, pois não integra o índio de forma verdadeira à sociedade; o outro é o de que os índios que vi não possuem os costumes que aprendemos como indígenas. São pessoas comuns, com condições de vida precárias. Ou seja, a criação de uma reserva não resolve o problema da cultura indígena e também não lhe confere condições de integração social.

Seria justo mantermos os índios em condições de agricultura de subsistência, apenas para termos o que mostrar à sociedade? Algo como um zoológico, em que podemos ver os bichos que existem na natureza? Penso que política indigenista é algo muito maior e deve ser tratada com foco no bem-estar do índio.
Em outras palavras, não vejo problema em integrar plenamente o índio ao cotidiano da sociedade em que ele vive. Isso não o faria perder a riqueza cultural e histórica de seus antepassados.

Bom, essa é apenas a minha opinião.

Passeio SC-RS: Introdução

Pois é.

No dia 24 de outubro parti de Guanambi rumo a Salvador. Dali, deveria percorrer um longo trajeto, passando por São Francisco do Sul (SC), Porto Alegre (RS) e sua vizinha São Leopoldo. Fiz tudo isso e mais um pouco...

Nas postagens seguintes colocarei um breve relato de cada fato interessante.