Sexta-Feira Santa em Caetité
Interior da Capela de Nsa Sra da Soledade.
Hoje, Sexta-Feira Santa, muitas pessoas procuram Igrejas, Capelas e lugares santos para uma ação introspectiva. Outros, apenas para agradecer. Todo este final de semana é celebrado no mundo cristão em memória à ressurreição de Jesus Cristo, mas também é celebrado em memória à libertação dos hebreus (Pessach, para a comunidade judaica).
Vista da Capela a partir dos fundos da casa da Vovó Cléo, de Arthur.
Ao chegar em Caetité para o almoço em família, percebemos que a 'casinha de cima do morro', tão apreciada por Laura e por mim, estava com portas abertas. De longe podíamos avistar pessoas entrando e saindo do local, lá em cima no morro. Dóris comentou que nesta data a capela ficava aberta à visitação e orações. Imediatamente tive a idéia de subir até a capela e conhecê-la. Conversando com o pessoal, soube do Cruzeiro, uma cruz enorme localizada em outro morro da cidade e igualmente visitada para orações no dia de hoje. Estava decidido: iríamos conhecer os dois lugares logo após o almoço!
Primeira parte da subida ao Cruzeiro.
Chegando no primeiro destino, o Cruzeiro, um aviso: a subida seria dura. Iniciamos a caminhada sem medo, apenas contrariados com a quantidade de lixo depositada pelo caminho.
Segunda parte da subida ao Cruzeiro.
Feita a curva ao final da primeira estradinha, a surpresa: a segunda parte da subida era mais desafiadora, com um ângulo bastante acentuado e muitas pedras. Nada de degraus ou corrimão para ajudar. Deyvison, Dóris e eu encaramos o morro.
Fiéis fazendo suas preces ou agradecendo por graças concedidas.
No topo, novamente a constatação da necessidade de uma maior infraestrutura para facilitar o acesso a todos os visitantes. O local se resume a um clarão no topo do morro, que poderia estar já pavimentado e plano. Deixando de lado o impacto inicial e curtindo o clima da jornada, apreciamos a vista e o ambiente de devoção.
Primeira parte da subida à Capela de Nsa Sra da Soledade.
Saindo do Cruzeiro, fomos diretamente à Capela de Nossa Senhora da Soledade, conhecida pelos populares como 'Capela de Bruno'. Na chegada ao local, presenciamos o mesmo acesso difícil, mas aqui ornamentado com 14 cruzes - estações - ao longo do caminho. As cruzes demarcam os pontos de parada, onde os fiéis rezam o terço antes de seguir para a cruz seguinte, até atingirem a a capela, décima-quinta estação.
Trecho intermediário na subida à Capela de Nsa Sra da Soledade.
No meio do trajeto, um ponto de parada mais largo, onde alguns deixam suas motos para a seguirem à pé na parte mais íngreme da jornada.
Segunda parte da subida à Capela de Nsa Sra da Soledade.
A parte final da subida é muito semelhante à encontrada no Cruzeiro. Reflexão: Uma escadaria aqui daria muito mais conforto aos fiéis e poderia fomentar o turismo local. Em conversa com populares, soubemos que algumas reformas positivas foram feitas na nova gestão, o que nos trouxe a expectativa da possibilidade de melhorias para o futuro.
Ao atingirmos o topo, a imagem é impactante. Três cruzes dispostas diante da Capela, sendo que a do meio indica o nome de Dezin. Conhecedores da região e das tradições locais informaram que Dezin foi o cuidador do local, mas que não foi enterrado ali. A cruz com seu nome seria, portanto, uma homenagem ao serviço prestado à comunidade. Um outro homem, entretanto, foi ali enterrado, segundo manifestação de alguns, com o nome de Bruno (daí o nome Capela de Bruno), provavelmente um religioso local.
Capela de Nossa Senhora da Soledade.
Um passeio diferente do comum, realizado na cidade vizinha à Guanambi, e com motivo religioso. Para quem não conhecia, fica a dica para um próximo feriado santo.
Abraço a todos!
escrito por Humberto Reis em 29.3.13
0 comentários
