31 julho 2013

Ascendentes de Florianópolis

Gabriel e Laura, em 2010.

Publicação recente em comemoração aos vinte anos da ASBRAP (Associação Brasileira de Pesquisadores em História e Genealogia), a Revista da ASBRAP apresenta em seu novo volume um artigo sobre os ascendentes da Sra Edith Dutra do Livramento, minha bisavó. Seus antepassados, todos nascidos na ilha de Florianópolis, são descendentes de açorianos.

Arthur e Laura, num banho de piscina, em 2012.

O texto tem como base uma vasta pesquisa em certidões ecleciásticas realizada pelo autor e por uma pesquisadora local, que o trouxe a Salvador em um dos ramos familiares, onde também foi realizada pesquisa nos arquivos da Igreja. No artigo não fica evidente, entretanto, a satisfação experimentada a cada novo registro descoberto. Uma satisfação observada apenas por quem mergulha na história de sua família.

Dóris e eu, num jantar em casa, em 2012.

Link para o artigo em PDF: aqui.

26 julho 2013

Ecos de Salvador

Pessoal da Inoar na Cosmética Bahia, em Salvador.

No final de semana passado fomos a Salvador para participar do evento Cosmética Bahia, em sua quinta edição, realizado no Centro de Convenções de Salvador. Chegamos na sexta e já conseguimos curtir o clima típico de cidade litorânea. No dia seguinte, abertura do evento, reconhecimento de estandes e encontro com os amigos da Inoar. Aline e Paula, que havíamos conhecido em São Paulo, por ocasião do nosso treinamento na empresa, e o pessoal da rede de distribuição de Salvador. Turma animada e empolgada, estavam muito concentrados no trabalho e na demonstração dos produtos. Dóris e eu circulamos pelo local à procura de novidades. Vimos muita coisa interessante, conversamos com muita gente, engatilhamos contatos importantes.

Dóris e Aline.

Na primeira noite tivemos um encontro com os primos. Gabriel saiu do restaurante já com direção à casa de João, onde ficou por dois dias. Aprendeu um pouco da rotina da família e conseguiu, com toda a certeza, comparar com a nossa rotina de casa. É nessas horas que o adolescente percebe que existem diferenças entre as casas, boas e ruins, e que há mais pessoas na terra que gostam deles, além do pai e da mãe. Acho que ele gostou demais da experiência e sei que voltou para o hotel gostando ainda mais dos primos que já conhecia. Sou muito grato por Carla ter feito espontaneamente o convite a Gabriel.

Jantar entre amigos.

Na noite de sábado fomos ao conhecido Santo Antônio Botequim, acompanhados da modelo Scheila e seu marido, a técnica Aline e o famoso Arthur. Se não era famoso acabou ficando, por dormir no sofá do botequim... Comida boa e bate-papo agradável.

Gabriel e Arthur no Farol de Santo Antônio da Barra.

Domingão foi o dia de contatos importantes no evento, mas também foi o dia de assistir a 'Meu Malvado Favorito 2'. Excelente filme. Muito melhor do que o primeiro. Confesso que entrei no cinema sem esperar muito do filme, apenas embalado pelo gosto das crianças. Aproveitamos o cinema também pra fazer a troca de Gabriel com os primos. Entrou com eles e saiu com a gente. Boa essa, não é? Ah, aproveitei pra dar um livro infanto-juvenil sobre mitologia grega a João, que - por coincidência - está estudando este assunto na escola. Conheço algumas lendas mitológicas e - como todo admirador desses contos gregos - tive de contar algumas. Isso me fez recordar do meu amigo Nelson Monção, traumatologista, que comentou que sua esposa Sheila faz o mesmo quando ouve ou vê algo relacionado à mitologia: pára tudo o que está fazendo e começa a explicar o conto mitológico.

Certa vez, assistindo 'Jack Pearson e O ladrão de Raios', parei o filme diversas vezes para explicar o porquê das situações que surgiam no filme. O mesmo ocorreu no famoso Fúria de Titãs. Descobri que ela havia feito o mesmo com Nelson.

Arthur, checando o canhão do século XVII.

Na segunda-feira, enquanto Dóris finalizava acordos e visitava alguns estandes, fui com Gabriel e Arthur ao Farol de Santo Antônio da Barra. Fizemos uma visita ao seu interior, onde funciona - não sabia, confesso - um Museu Náutico. Já na entrada uma surpresa: uma bitácula! O instrumento é usado para excluir os efeitos eletromagnéticos sobre os aparelhos, principalmente a bússola. Adiante, chegamos ao pátio do Farol, de onde pode-se enxergar toda a imensidão do oceano. Alguns canhões de meados do século XVII, trazidos pela Coroa Portuguesa (possuem o brasão da Casa Real Portuguesa no corpo do canhão) para defender o território enfeitavam o pátio. Das guaritas, uma bela imagem de partes do oceano. Verdade que do lado de fora pode-se avistar muito mais confortavelmente qualquer objeto em aproximação, mas a estética da época deve ter exercido influência à hora de definir a arquitetura do Farol.

Visão da guarita do Farol da Barra.

De volta ao interior, o museu conta com peças de navegação, mapas antigos e maquetes de embarcações. Gostei do sextante, aparelho de navegação, que permite navegar com precisão entre quaisquer latitudes. Isso fazia dos navegadores verdadeiros experts quando direcionavam-se a Norte ou Sul, mas não para leste ou oeste. Interessante esse detalhe, pois muitas embarcações afundaram e muitos tripulantes foram perdidos quando o capitão não tinha a mínima ideia se estava um fuso a mais para lá ou para cá. Tal dificuldade persistiu até que o glorioso Harrison, um marceneiro inglês, conseguiu produzir um relógio altamente preciso, que podia navegar e suportar todas as variações de clima, temperatura, pressão e umidade, alterando menos de um segundo durante toda a navegação. Assim, sabendo que horas o relógio marcava no local de partida e observando o sol dentro do navio, os marinheiros (o capitão, na verdade, pois os marinheiros eram proibidos se seguir a navegação ou opinar sobre a mesma) sabiam quantos fusos estavam à esquerda ou à direita do ponto de partida. Isso solucionou o problema da longitude na navegação! Este fato histórico é parte de uma longa história, que pode ser conhecida com a leitura do livro Longitude, de Dava Sobel. Recomendadíssimo nesses tempos de navegação por GPS!

Escafandro de 1945.

Por fim, na terça-feira, fomos à Praia do Flamengo para uma despedida de Salvador.

Arthur na praia do Flamengo

09 julho 2013

Festa e gastronomia

Casa do João de Barro, em Caetité.

No dia de São João, após uma noite magnífica na Roça do amigo Chiquinho, fomos para a casa de Rúbia, em comemoração ao aniversário de seu pai. No caminho, uma casinha de João de Barro completava o cenário do sertão.

Pose em 24 no dia de São João.

Festa animada, que contou com uma performance pra lá de espetacular do vocalista da banda contratada pra tocar o baile. Segundo Rúbia, foi o próprio Seu João - seu pai - que fechara o contrato exclusivíssimo com a banda. Gente boa, conversa fluida, e um ambiente de descontração dominaram o dia.

Dóris e Arthur.

No domingo à noite fomos ao Pizza na Pedra, provar o delicioso filé com batatas, servido com cebolas. Delicioso. Fomos todos, assim que resolvemos aproveitar para um breve sessão de fotos.

Gabriel e Humberto.

O filhão, ainda com cabelo grande e despenteado. Cortou-o no dia seguinte. Quanto ao pente, desconfio que de agora em diante não há chances para o esquecimento. A certeza vem de uma constatação simples: sua gatinha (que ainda não sabemos se sabe ou não de sua existência) estava lá com a família e o viu assim descabelado. Lição para o resto da vida, espero.

Humberto e Dóris.

Por fim, na noite de hoje, terça-feira, resolvi fazer um novo prato. Além do filé mignon com bacon ao molho madeira, do frango ao sugo, da codorna ao vinho, da codorna ao molho vermelho, da lagosta ao whisky, do pudim de leite e da sopa de feijão branco com camarão, todos já experimentados e aprovados, faltava um Bacalhau a Gomes de Sá. Prato típico português e que vinha me ocupando os pensamentos há alguns dias.

Bacalhau a Gomes de Sá, nesta noite.

Cheio de coragem, deixei o bacalhau na água ontem. Hoje, o processo do banho de leite e o preparo dos demais ingredientes não apresentou nenhuma dificuldade. No prato, um sabor inconfundível e com o toque da companhia suave de Dóris e de nossos filhotes Arthur e Gabriel.